ABRIGO


Pai, lá fora pai
Tá tudo tão esquisito
As crianças comendo do lixo,
Os jovens aborrecidos
E os velhos tão esquecidos
...
Pai, venha ver
Os pobres tão excluídos
E o dinheiro tão exclusivo
Nos palácios
Os políticos tão corrompidos
E nas ruas
O ódio tão difundido
E os sonhos pai, tão adormecidos
...
Pai, olha pai
O céu azul tá tão bonito
E o teu amor é sempre tão infinito
Sei que não estou a perigo
Pois é aqui na tua casa o meu abrigo